Eu tinha me apaixonado por ela no primeiro momento que vi o seu sorriso no Facebook, ali nos conhecemos da mesma forma que conheci varias meninas que também perderam seus filhos. Ela me enviou uma mensagem depois de ter lido ,alguns das minhas postagens cheias de raiva e revolta e mesmo assim, nossa identificação foi imediata ,certamente não  só pelo fato de temos  uma dor em comum, mas, porque em qualquer situação em que nos conhececermos seriamos grandes amigas,mesmo apesar do jeito dela manso de ser e do meu jeito rebelde e atrevido .Pois é os  opostos se atraem…

Aquela mulher, com sorriso facil, de felicidade real e que ainda celebrava a vida, mesmo depois de ter perdido,no setimo mês de gravidez ,seus  filhos gemêos e em novenbro de 2010, sua filha Larissa,me intrigava,eu mal podia esperar pra fazer alguns perguntas que estavam pulsando dentro de mim. Depois de varias trocas de  e-mails e mensagens e ela me confidenciou que tinha planos de vim passar uma temporada aqui nos Estados Unidos. Aquele informação alegrou meu coração, como há muito nada alegrava me levando até ao raro,ou melhor rarissimo, momento de oração, quando prometi a Deus que se ele permitise sua vinda ,eu prometia ir a igreja  ouvir a respeito dele, sem avançar no pescoço do pastor, pois desde daquele dia fatidico,eu havia entrada em “guerra” com Ele e não havia disposição da minha parte em mostrar a bandeira branca da paz.

O processo para ela consegui  o visto no consulado americano, foi dificil e estresante, depois dela ter recebido dois “nãos” eu olhei pra o céu e disse “Senhor,tu não se importa mais comigo mesmo”…

Enquanto eu acreditava que Deus havia definitivamente desistido de mim,ela continuava perseverante e cheia de fé. E pouco antes do ultimo natal,ela já estava em solo americano. A parti daquele momento comecei a pensar, que “talvez” Deus ainda se preocupasse comigo, principalmente levando em consideração que estando eu em um pais tão grande, a Pastora iria se hospedar na casa do seu cunhado,que fica cerca de 10 minutos da minha casa.

Assim tendo Deus cumprindo a sua parte,era chegada o meu tempo de começar a caminhar ao encontro da Jane…e de Deus…

Então naquela tarde onde finalmente fomos nos conhecer…depois dos abraços,risos e lagrimas,muitas lagrimas…veio  a pergunta que eu precisava “GRITAR” – Pastora,voce nao tem raiva de Deus por ele ter levando seus filhos gemêos e sua filha de 21 anos? – Pastora você não ficou revoltada, pensou em deixar o seu ministério,Deus…? – Pastora você não se sentiu traída por Deus?  – Pastora como você pode ainda sorrir, ter alegria de viver, sonhar e realizar depois de ter tido quatro  filhos e Deus ter levado três deles?

Quer saber o que ela me respondeu?

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