Eu sou Cássia Cohen,ou simplesmente uma menina chamada Rita…uma menina sonhadora lá do sertão do Piaui.No inicio da década de 90 me mudei para Brasilia,me casei,tive uma linda filha chamada Vick e me divorcei dois anos depois.Sonhadora e inquieta desdos tempos que eu ouvia a turna do Balão Magico e  amava o Sitio do Pica Pau Amarelo,com a Rosana Garcia,eu resolvi vim ver de perto essa tal de “America” e quem sabe relizar muitos sonhos que latejam dentro de mim.

E aqui nos Estados Unidos,precisamente na Florida,vi Deus agir de forma sobrenatural na minha vida…depois de 11 anos orando pra ter uma nova familia, me casei em 2008, e em 2010 ,Deus trouxe minha filha Vick pra morar aqui comigo e alguns meses depois,foi surpreendida com uma gravidez inesperada…de gêmeos…

Realizada,mas, ainda cheia de sonhos,vi minha vida mudar de rumo,quando 6 dias depois de ter meus gêmeos,Christopher e Oliver,Deus sem aviso prévio me disse que a missão do meu caçulinha,Oliver, tinha acabado…me deixando enlouquecida,revoltada e sem expectativas de voltar a viver.Entrei em depressão profunda,vivi durante muito tempo a base de remédios,terapias e psiquiatras…me insolei do mundo…fugir do amigos…minha perda me envergonhava,me fazia senti uma fracassada,uma mulher desprezada e não amada por Deus.

Aos poucos entre um passo pra frente e dois pra trás ,com a ajuda dos familiares , dos poucos amigos que aguentaram meu peso e de novos que Deus foi colocando na minha vida,comecei a levantar da cama…escovar os dentes e tomar banho…claro…não todos os dias…mas,pelo menos nos sábados…e nesse novo caminhar lento e ainda doloroso, em algum momento do meu luto eu percebi que só existia uma forma de sobrevivência…”Transformar a minha dor em missão”…Desde de então tenho trabalhado de forma continua,mas,não estável nesse projeto.

O primeiro passo foi começar a pagina no Fabebook- a segunda parte- é  esse site- A REVISTA ELETRÔNICA.Depois de meses de trabalho entre poucos risos e muitas lagrimas,mas,confiante no futuro

Finalmente 0 site entra no ar-Hoje 06 de Abril de 2012-um ano depois do meu filho Oliver partir.

Eu sempre senti que eu tinha uma missão especial e Deus durante toda  a minha vida me enviou pessoas para confirmar isso,mas,eu nunca pensei que minha historia e missão de vida fosse ser tão profunda,como sempre fui muito “perua”,falante…..acreditei que um dia estaria nos palcos,pois amo treatro,poesia,escrever texto,criar,fantasiar…mas, na verdade descobri quase aos 40 anos que a missão que Deus tinha pra mim não tinha nada de glamur,luzes e ação…

Naquele mesmo dia,na loucura e dor do momento da perda eu já sabia disso….e gritava com mais raiva..achei injusto da parte de Deus,me fazer sonhar a vida inteira,me revelar atraves de sonhos e pessoas que havia algo muito especial pra eu realizar na minha vida e de repente perceber que pra viver minha historia na plenitude dos sonhos de Deus eu precisava antes ser cortada na minha propria carne.Quando o dias,meses foram passando e eu fui voltando as revelações do passado,pude agora despida do poder de pensar que sou  dona da meu destino,ver claramente que Deus sempre falava sobre isso…Que eu trabalharia com mulheres,teria uma organizão,uma ONG e tantas outras coisas que agora sei que estão ligadas diretamente a perda do meu filho.

Confesso que ainda não tenho a forma absoluta desse projeto,visto que o luto tem sido meu companheiro e pensar claramente ainda não tem sido rotina nesse ultimo ano,mas,sei e sinto profundamente no meu coração que esse projeto vai mudar minha vida e de muitas e muitas mães no Brasil e no mundo.Acredito que vamaos nos tornar uma comunidade forte,de expressão onde vamos antes de tudo reaprender a viver com nós mesma e depois “ensinar” a sociedade sobre as particularidade da nova vida de uma mãe que perde um filho.

A nossa caminhada será longa,mas,logo logo tomará forma e aos poucos vamos valtando a viver,talvez não tenhamos um estabilidade emocional como antes,mas,ainda assim podemos ser vista como mulheres valentes,guerreiras,as vezes fortes e outras fracas,mas,nunca “coitadinhas”.

Então meninas…sozinha eu não posso,mas, juntas acredito que podemos trasnsformar a nossa dor em missão…cada uma de nós tem uma missão e mesmo apesar de tudo não podemos morrer sem antes termos realizado,pois acredito que nossos filhos cumpriram na plenitude as suas e quanto a nós ainda existe muito o que viver.

Para conhecer mais sobre o incio da minha perda,visite meu blog de estimação,onde escrevo tudo sobre os primeiros meses de dor profunda…acredito que quando você ver a Rita de lá e a Rita que tem tentando voltar a viver aqui, você vai perceber que também é possível pra  você voltar a viver e ainda ser feliz no máximo que ainda for possível ser depois de perder um filho.

Um forte abraço

Cassia Cohen,ou simplesmente uma menina chamada Rita

Click no link abaixo para visitar meu blog

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