Homens e mulheres vivem o processo do luto de formas diferentes

Quando percebemos que nosso marido não sofre a perda, da mesma maneira que nós,ficamos muito decepcionadas. Achamos que  o como e  o quando  ele sofre é errado e não entendemos que as diferenças biologicas,de personalidade, de educação, experiências de vida e ate as responsabilidades existentes no momento da dor, são fatores que vão determinar a nossa forma de viver o luto.Normalmente o homen e mulher tem ritmos diferentes nos processos e desempenho de tarefas do dia a dia e isso não é diferente   dentro e através dos processos  do luto. Enquanto ele tenta ser “forte”, nós sofrendo intensamente.E sendo “Forte”ele consegue resolver as coisas necessárias  e praticas em vez de focalizar na dor como nós fazemos ,mas, esse ser “Forte”  dele pode significar a luta pra não ser tragado emocionalmente pela dor.Já nós  que quase sempre queremos falar sobre perda, achamos o silêncio  do nosso marido frustrante e irritante e enquanto eles odeam a não pressão pra ele conversar conosco sobre o assunto.
Pode acontecer tambem que tenhamos sentimentos mais fortes ou um certo sentimento logo após a perda, enquanto ele pode sentir essas coisas mais tarde ,quem sabe tambem  naqueles dias  quando estivermos ainda mais deprimidas  e ele pode se mostrar muito empolgado com a partida de fubebol na televisão, o que certamente vai nos deixar gritar irritadas: “Como você se atreve a  si diverti quando o nosso filho está morto?”..calma…respire…fundo….pois nenhum  ritmo e forma de luto é melhor que o outro. Não há base científica para dizer  que nosso ritmo de luto é melhor que o dele,são simplesmente diferentes. Ele pode  se mover mais rapido,tomar decisões com mais facilidade enfim “funcionar” melhor que nós,mas,cultivar sentimentos de superioridade ou inferioridade sobre o ritmo  do luto um do outro só vai trazer desgastes ainda maiores ao relcionamento.
Assim é importante aprendermos a parar e tolerar as diferenças existentes , na intenção de a paz na nossa familia depois dessa tragedia.Infelizmente não há um caminho unico,não existe uma formula ou um série de passos que vão garantir um resultado satisfatorio,pois cada casal começa o luto de uma situação diferente,tem problemas,recursos,historicos ,valores e experiencias diferentes.Assim cada “viagem” é unica e o peso da bagagem que acumulamos ao longo das nossas vidas tera um papel fundamental nesse crucial momento,mas,certamente entender,respeitar e aceitar a forma que nosso marido luta com a dor  é um gesto de sabedoria que trará beneficios para toda a familia.
Cassia Cohen -Editora Chefe
Em 1º de abril de 2011 Cassia teve gêmeos,Christopher e Oliver.No dia 06 ,Oliver,o caçulinha faleceu devido a complicações de uma infecção intestinal(enterocolite necrosante ).Em 06 de abril de 2012,um ano depois da partida do seu filho,a revista eletrônica foi lançada. Cassia é Piauiense, mora na Flórida-EUA com seu marido,Stuie e seus filhos Vick e Chris.
http://mulheresferidasquevoam.com

Oi Meninas...e então o que vocês acharam?...comentem

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