Quando as tentativas de inseminação e fertilização fracassou,ela adotou 3 crianças

Vinte e um anos depois de adotar o primeiro filho, Thereza Christina Cardoso de Lima, de 50 anos, professora de escola pública em São Paulo, decidiu que chegara o momento de repovoar sua casa: adotou mais três crianças. “Sempre quis mais filhos. Mas desta vez eu não queria um só, queria mais.”

A jornada até a nova adoção não foi simples. Desestimulada pela psicóloga da Vara da Infância e Juventude em São Paulo do desejo em adotar mais de uma criança ao mesmo tempo, Thereza decidiu buscar outro caminho ao deparar-se com um anúncio em uma comunidade na internet. “Menino de 8 anos e duas meninas de 5 e 4 anos, pardos e saudáveis. Não se separam. Tratar direto com o juizado”, dizia o anúncio. Foi o suficiente para que a professora desembarcasse no Rio de Janeiro. “Fui habilitada, fiz a adaptação e há um ano Leonardo, Larissa e Lívia são meus filhos”, conta. Ela agora espera pela aposentadoria, prevista para esse ano, para poder se dedicar mais à educação dos pequenos – Marcos Augusto, o primeiro adotivo de Thereza, tem 22 anos e está na faculdade de ciências da computação.

Adoção tardia – Thereza faz parte de um grupo minoritário: interessou-se por crianças com mais de 4 anos– a chamada “adoção tardia”. É também o caso de Luciana Marques, coordenadora de operações, no Rio de Janeiro. Aos 36 anos, depois de quatro tentativas de inseminação e duas de fertilização frustradas, deu novo lar a três irmãos – dois meninos, de 10 e 3 anos, e uma menina, de 8. “Eu queria duas crianças. Até tive a oportunidade de ficar apenas com os dois meninos, mas resolvi levar todos para não sentir peso na consciência mais tarde, por separar os três”, lembra.

As visitas às crianças tiveram início no final de novembro de 2008. Os feriados de Natal e Ano Novo já foram passados com Luciana e o marido, Marcelo. No sábado de Carnaval, o casal já obtivera a guarda provisória das crianças, válida por 6 meses. As três crianças viviam na rua e agora fazem terapia uma vez por semana para lidar com os traumas. “Os mais velhos nunca foram à escola: ou seja, tenho uma criança de 10 anos que não sabe ler”, conta Luciana. E ainda há mais um problema: Luciana e Marcelo brigam na Justiça com os pais biológicos das crianças, que agora querem reaver os filhos.

Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a família biológica pode ter os filhos de volta desde que a sentença definitiva da adoção ainda não tenha sido publicada e se os pais biológicos conseguirem provar que têm condições de cuidar deles. Segundo Francisco de Oliveira Neto, juiz da Infância e Juventude de Florianópolis e vice-presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a decisão caberá ao juiz. “Nesse caso, o juiz pode ouvir os profissionais que cuidam das crianças, assistentes sociais, psicólogos e dirigentes dos abrigos para saber se o interesse dos pais biológicos era permanente enquanto os filhos estavam abrigados ou se esse interesse somente surgiu após a ameaça de perdê-los.”

Cassia Cohen -Editora Chefe
Em 1º de abril de 2011 Cassia teve gêmeos,Christopher e Oliver.No dia 06 ,Oliver,o caçulinha faleceu devido a complicações de uma infecção intestinal(enterocolite necrosante ).Em 06 de abril de 2012,um ano depois da partida do seu filho,a revista eletrônica foi lançada. Cassia é Piauiense, mora na Flórida-EUA com seu marido,Stuie e seus filhos Vick e Chris.
http://mulheresferidasquevoam.com

Oi Meninas...e então o que vocês acharam?...comentem

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