Kelly Nancy

 

“Quando eu pensei que Deus tinha me usando para salvar a alma do meu filho,descobrir que na verdade,Deus tinha me usado para salvar a alma do  filho dele”

Meu Fabrício foi criado no evangelho,desde menino ensinei o caminho que deveria andar, mas,nos últimos anos quando ele entrou na adolescência,por ser esse  um momento delicado,cheio de mudança,eu procurava conversar cada vez mais  com  ele sobre a salvação, a segunda volta de Jesus Cristo e demais valores,pois queria ter a certeza da sua fé cristã e acompanhar seu crescimento espiritual.

Naquela tarde, estávamos ali conversando, eu, meu filho Fabrício Junior e seu pai,Fabrício Prata,  sobre os mais variados assuntos.Em um dado momento,começamos a falar sobre a violência do Rio de Janeiro.E eu coloquei qual seria minha postura diante de um situação de vida ou morte. 

” Se eu estiver numa situação de perigo, aonde sei que corro risco de perder minha vida, eu não perco tempo pedindo a Deus misericórdia, eu peço sim perdão, porque eu posso estar toda errada diante de Deus mas se eu me arrepender no último minuto, assim como o ladrão na cruz que recebeu de Jesus não só o perdão mas também a promessa da vida eterna, alcançarei a minha salvação”

Quando terminei de falar, percebi que meu filho me olhava atentamente e sorrindo,bem humorado como sempre,brincou RE-PE-TIN-DO cada palavra que eu havia falado…Palavras essas que hoje eu sei que foram inspirada pelo Espírito Santo.

Quarta-feira dia 07 de dezembro de 2011,era um dia muito esperado, meu filho  que estava com todo o enxoval pronto,tudo preparado pra ingressar na  escola naval,embarcaria naquela quarta-feria.Apesar de saber que a partir desse dia ficaríamos separados,eu estava feliz,era uma mãe orgulhosa e cheia de expectativas para o futuro do meu menino,aquela separação era temporária e não me roubava  a paz,muito pelo contrario, estávamos todos ansiosos pela chegada daquele dia.

Mas,aquela quarta-feira tão sonhada,nunca chegou…não para o meu filho…o que chegou pra ele foi uma terça-feria dia 06..uma terça nunca sonhando…uma terça que o enxoval nunca foi preparado…uma terça que só tinha uma coisa em comum com os planos da quarta-feria-A PARTIDA DO MEU FILHO.

Naquela não esperada, terça-feria,meu filho estava na casa da avó.Meus planos era ir busca-lo, mas,o pai fazia questão de leva-lo,pois queria desfrutar da companhia dele,antes do embarque para  escola naval .Apesar de estranhar,pois ele não costumava fazer essas gentilezas e nem dar atenção especial ao Fabrício,concordei, afinal ele tinha direito de estar presente nesse momento tão importante na vida do nosso menino.

Fabrício pai então pegou Fabrício filho,na academia perto da casa da avó.Quando já estavam dentro do carro, Fabrício pai viu que dois homens fortemente armados,encapuzados, caminhavam na sua direção…ele na tentativa de proteger o Fabricinho jogou seu corpo sobre o dele…a tentativa  foi fracassada…26 tiros foram disparados…mas,somente uma bala..uma única bala atingiu meu menino.Pai e filho morreram juntos…e não ouve amanhã…

Durante esses quase 6 meses,sempre que eu relembrava daquela conversa que eu havia tido com meu Fabricinho,dois dias antes da sua partida,tinha certeza que minhas palavras foram a memória dele,naquele momento em que mais uma historia trágica de violência no Rio de Janeiro acontecia. Sempre estive confiante que ao declarar aquelas palavras que eu havia ensinado sua alma tinha sido salva e a esperança de reencontra-lo um dia, confortava minha tão sofrida alma.

Somente ao conversar com a Cássia Cohen, pude abriu meus olhos para uma outra situação… meu filho já era salvo,mas o pai dele não…Então me despindo da raiva por culpar o pai dele  por sua morte,pude finalmente perceber que também foi inspirado pelo Espírito Santo a presença dele, Fabrício pai,na minha casa naquela dia que tive a ultima conversa com ele a respeito da salvação.Apesar dele ter permanecido calado e nunca ter expressado preocupação com os valores cristãos e a eternidade,lembro perfeitamente que quando terminei de falar ele olhou para mim,sorriu e balançou a cabeça em sinal de confirmação e concordância.Eu tenho certeza que ele guardou no seu coração aquelas palavras e naquele carro, no último momento da sua vida ele pediu perdão ao Criador e recebeu também a vida eterna.Desde de então eu comecei a entender muitas coisas…uma delas é que uma vida pode ser desprezível e odiada,por mim,por você e pela sociedade,mas,ela vale muito,muito pra  Deus…

Obrigada Cássia , por ter sido instrumento de Deus na minha vida, me atentando para tão grande salvação.

Obrigado meu Deus, por ter usado meus lábios para transmitir seus recados.

Kelly Nancy

Rio de Janeiro-RJ

Gisele Silva

 “A senhora tem certeza que sua filha está na gloria e que um dia ira encontra-la…já eu só vou ter essa certeza quando eu chegar lá.”

Desdo 7 anos de idade que minha filha Belynha já mostrava que era uma menina diferente,as pessoas percebiam isso já num primeiro momento de conversa com ela.Por inumeras vezes preferiu ir as favelas evangelizar comigo do que fazer coisas que as meninas da sua idade gostavam de fazer.

Aquela menina,alegre,cheia de vida e dons,cantava, dançava e fazia teatro na assembléia de Deus, igreja que fomos congregar assim que nos mudamos para os Estados Unidos em 1996.Ela vivia muito feliz fazendo aquilo que gostava.Com o passar dos anos começou a si dedicar mais as orações…passava madrugadas e mais madrugadas orando,mesmo tendo que trabalhar e estudar durante o dia.No inicio não acreditei que ela poderia ter problemas com isso,mas,quando ela começou a orar, interceder por outras pessoas,sem cobertura espiritual,conversei com ela seriamente sobre o perigo que era fazer a obra de Deus assim.

Apesar de me ouvir,nunca procurou uma cobertura espiritual maior do que a que ela tinha na igreja como membro,continuou seu ministério…tinha um sede de vida muito grande,continuava fazendo mil coisas ao mesmo tempo,fazia dança,teatro,cantava,orava,estudava e  trabalhava…..

A vida mesmo apesar da correria continuava seguindo sem maiores problemas.Ate que uma manhã antes de sair pra o trabalho(como grande parte dos brasileiros  que moram aqui eu trabalho fazendo faxinas nas casas)ela me pediu para ficar com ela em casa…meu coração ficou partido,mas,naquela sexta-feira eu tinha 10 casas para fazer  faxinas,assim liguei para um amiga missionaria que ficou no telefone orando com ela.Antes de chegar na primeira casa que iria trabalhar naquele dia,a missionaria me ligou e pediu pra eu voltar  e ficar em casa com a Belynha…pois ela esta “endemoniada”.

Durante os trinta dias que se seguiram,minha Bylinha entrou em depressão profunda não comia,não bebia ,não tomava banho e não falava com ninguém,parecia que tinha voltado  a ser criança.Foram dias de intensa oração pela sua libertação.Aos poucos ela foi voltando daquele estado depressivo,mas,decidiu que não queria mais voltar pra igreja.Durante o período que esteve afastada ela seguia um vida  típica dos jovens dos dias de hoje,muitos amigos,diversão e bebidas.Uma vez encontrei ela bêbada com suas amigas,na minha casa,esperei até o dia seguinte e  tive uma longa conversa com ela respeito do que ela estava fazendo com os dons que Deus havia li dado ..ela se desculpou e prometeu que nunca mais faria aquilo..e nunca mais o fez.

Logo depois disso comecei a fazer uma campanha na igreja pela minha família e Belynha começou a sonhar muito a noite.Ainda me lembro de vários sonhos que ela me contou, mas,quero falar,especificamente de um…ela me contou que havia sonhado que o mundo estava em guerra e os estados de New York, New Jersey e Connecticut eram atacados.De repente  no meio dos bombardeios,apareceu um homem lindo,ele pegou ela pelas mãos e a conduziu para um campo verdejante e seguro,onde ela se escondeu  atrás de uma rocha muito grande.Quando ela terminou de contar o sonho eu imediatamente perguntei:

-Você sabe quem é essa  rocha filha? e ela rindo respondeu

-Claro mãe… eu estudei teologia-Mas, eu não quero estar aqui quando essas guerras começarem

No dia 28 de junho de 2009,três meses depois, quando estávamos juntas no carro ela com ar pensativo disse:” Sabe mom…você é nova..bonita..precisa arrumar um marido,pois eu não vou viver com você pra sempre..a Josie também vai se formar,seguir a vida dela e meu irmãozinho caçula precisa de uma imagem paterna dentro de casa. É tempo de refazer sua vida…parar de pensar só em nós, seus filhos e pensar mais em você..pense nisso mom…”

Quatro meses antes  dessa nossa conversa,Bylinha e eu havíamos comprando uma casa juntas e ela precisava ser detetizada,o tempo havia passado tão rápido ou tão devagar, que nem percebi.Então procurei em  um classificado qualquer um numero e liguei solicitando  o serviço.Na manhã seguinte quando aquele  moço alto,calmo, chegou a minha casa,vendo meu semblante abatido perguntou se podia orar por mim-Eu respondi: Sim claro… enquanto ele orava eu sentir uma paz muito grande,como se  um peso enorme saísse das minhas costas.Depois de terminar a oração ele falou:”Eu sou ex traficante do Rio de Janeiro, meu irmão foi exterminado pelos policias em minha frente, pedindo pra não morrer,e meu filho com 17 anos, já era chefe do trafico do morro ,e foi morto na cadeia há um ano atrás.” E finalizou dizendo:

“A senhora tem certeza que sua filha está na gloria e que um dia irá encontra-la…já eu só vou ter essa certeza quando eu chegar lá.”

Naquele instante me senti tremendamente egoísta,cheguei a senti vergonha da minha dor… ver nos olhos daquele pai a dor e a tristeza pela  incerteza do reencontro,devia ser  desesperador seguir na vida com essa duvida.Eu apesar de estar estraçalhada pela a morte da minha menina,quando a isso tinha paz no meu coração,pois ela havia si reconciliado com Deus um mês  depois daquele sonho,onde no meio da  guerra e bombardeios ela tinha sido protegido pela rocha, também conhecida como Jesus.Desde então ela seguia firme na presença do Senhor.Essa certeza me dar fôlego para seguir minha caminhada enquanto espero o nosso reencontro…

Reencontro esse que teremos muito o que conversar….só não sei se até lá eu terei encontrado o que ela me pediu,naquele domingo,quando estávamos a caminho da igreja,um dia antes dela morrer…

“mom… você precisa arrumar um marido,pois eu não vou viver com você pra sempre… meu irmãozinho caçula precisa de uma imagem paterna dentro de casa. É tempo de refazer sua vida…parar de pensar só em nós seus filhos e pensar mais em você..pense nisso mom…”

Belynha sofreu um acidente de carro no dia 29 de junho enquanto voltava pra casa do hospital onde trabalhava como enfermeira…ela só tinha 23 anos…apesar da saudade, eu tenho plena convicção que minha Belynha esta em um lugar melhor que aqui…E que será só uma questão de tempo até o dia do nosso reencontro…que  dessa vez vai ser para sempre.

Gisele Silva

Rahway – New Jersey-USA

Christiane Yared

 “Deus, e a Eternidade? Acabou aqui?”

Eu sou pastora evangélica e aos 18 anos meu filho Rafael se afastou da igreja e foi seguir a vida dele. Na madrugada, quando recebi a notícia, foi a pergunta que eu fiz: “Deus, e a Eternidade? Acabou aqui?”.E então Na sexta-feira após o acidente, um amigo do Rafael me deu um grande presente. Esse rapaz me contou que naquela quarta-feira, cinco horas antes de falecer, o Rafael ligou para ele e falou, “vamos à Igreja hoje?”. O amigo, que é da Primeira Igreja Batista, disse para ele, “eu não vou com você porque toda quarta-feira eu te convido para ir à igreja e você não quer ir”. E ele disse “mas hoje eu preciso ir, vamos comigo?”. E foi impressionante o que aconteceu.

Quando eles entraram na igreja, o pastor estava falando que Jesus tinha vindo ao mundo para resgatar o que havia sido perdido. E no final fez um apelo: “Você que quer se reconciliar com Deus, venha para a frente”.

E o primeiro que se levantou foi o Rafael. Imagine um homem de 1,98m indo lá para frente e chorando igual criança. Quando ele voltou para o banco, após o final da oração, falou para o amigo: “Antônio, hoje Jesus me resgatou. Domingo é dia das mães e eu vou presentear a minha mãe com meu retorno à igreja”.

Em seguida ambos foram comer pizza. No meio da conversa, Rafael disse que pretendia voltar a ajudar nos trabalhos evangélicos, pois somente Deus pode mudar o ser humano.  Por volta de meia-noite, quando ambos se preparavam para irem embora, Carlos Murilo telefona ao Rafael pedindo carona. O meu filho era o “amigo do carro”, todos ligavam e pediam carona.Mal se despediu de Antônio, correu ao shopping onde esse outro amigo  trabalhava e o apanhou.” Ambos morreram no acidente. Terrível, meu Deus, terrível. Logo que Rafael entrou na Rua Monsenhor Ivo Zanlorenzi, foi atingido pelo super carro do deputado Fernando Carli Filho, “a mil por hora”. O impacto foi tão violento que a cabeça do meu filho foi decepada pelo veículo do deputado. dirigia a mais ou menos 191,75 km por hora .

Tenho certeza de que naquela noite Deus teve misericórdia de mim e com certeza disse: “a Eternidade ela vai passar com o filho”.

Christiane Yared

Curitiba-PR

 Jana Gomes

“..sua mãe clamava pela sua salvação…e antes de morrer sua ultima palavra foi Jesus..”

“Certa vez, eu acompanhei pela televisão, imagens de uma rebelião em um Centro de Reabilitação Juvenil de São Paulo (Prisão para jovens até os 18 anos). Enquanto decorria a reportagem, um jovem foi escolhido pelos outros rebelados para morrer, caso as exigências do bando não fossem atendidas. O tempo passou e a polícia não cedeu… Eu e milhares de pessoas, assistimos aquelas imagens horrendas… O jovem foi esfaqueado por seus companheiros de sela diante das câmeras (ao vivo)! O apresentador até usou uma expressão forte, ele dizia: “Olhem só… Parece que estão matando um porco!!!”

Ao mesmo tempo, do lado de fora do presídio, uma outra repórter entrevistava a mãe do jovem. Ela estava desesperada pela mesma questão…. Ela clamava por Jesus, pela alma do filho, a repórter compadecida, chegou ao ponto de chorar junto, aliás, eu também chorava no sofá da minha sala, diante de tanta dor… De repente, a repórter foi alertada pelo colega, que estava em outro ângulo, de onde podia ver perfeitamente o jovem agonizante balbuciando as seguinte palavra: Jesus!!! Aquela repórter, já sem se importar com seu trabalho, aos gritos avisou a mãe! A mãe instantaneamente passou a adorar a Deus e a agradecer pela salvação de seu filho. Chorava e sorria! Ninguém entendeu aquela “cena”, eu entendi!!! O que aconteceu foi a comprovação de que Deus cumpre suas promessas.”

Jana Gomes

 Lisboa-Portugal

Veja o artigo original em

 http://joiasdavida.com/2010/11/salvacao-familia/#ixzz1wH7nS2gl