Quando a morte roubou minha vitamina D e a minha força pra viver

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Meu luto foi intenso, profundo, louco…cheio de raiva e vontades. Eu decidi como seria meu luto e avisei aos familiares e amigos que se quisessem ajudar, precisariam manter distancia. Por cerca de dois anos mal sair de casa, a luz do sol questionava minha escuridão e eu odeio ser questionada. Também não comia quase nada além, de chocolate com coca-coca no almoço e coca-cola com chocolate no jantar. Em consequência do meu isolamento, depressão e tantas outras loucuras, chegou um momento que o meu corpo, assim com já estava a minha alma, adoeceu. Eram dores no corpo, na cabeça, fraqueza e tonturas constantes. Meu corpo continuava cansando mesmo depois de horas e mais horas de sono e descanso e enquanto minha mente estava a  mil, minha memoria…- hãaa…desculpa, sobre o que mesmo estávamos falando?

” … Sinto fadiga, muita fadiga, uma enorme falta de energia, diria mesmo exaustão! Desde que me levanto até o fim do dia… todos os dias, seja dia de trabalho ou fim-de-semana. Cansaço, sempre cansaço, uma terrível falta de vitalidade! 

Cansada, de tanto cansaço, e cada vez mais deprimida por ter uma mente que não parava e um corpo que não reagia, decidi  descobrir onde a morte havia se  instalado dentro de mim, pois percebi que para a morte  não era suficiente adoecer minha alma, ela  agora queria meu corpo.

Só que agora, mesma indisposta, eu não estava disposta a entregar. Como no meu plano de saúde eu não precisava de solicitação de clinico geral pra ir a outros médicos, fui procurando os médicos nas especialidade das doenças que eu “achava” que poderia ter. Claro, caminho mais longe e que não recomendo, afinal desde  quando eu acho alguma coisa? …até onde me lembro, apesar de não me lembrar de muitas coisas, não estudei medicina.

Bem…a minha primeira parada foi no otorrinolaringologista. Nesse medico de especialidade com nome difícil de pronunciar, eu poderia me  certificar se esses sintomas estariam ligados a minha sinusite ou se eles poderiam indicar labirintite.

A labirintite é uma doença que pode acometer tanto o equilíbrio quanto a parte auditiva. Os órgãos responsáveis pelo equilíbrio e pela audição estão situados dentro do ouvido interno e se comunicam com o sistema nervoso central através dos nervos da audição e do nervo vestibular. Doenças infecciosas, inflamatórias, tumorais e mesmo alterações genéticas podem ocasionar alterações nessas estruturas anatômicas. Essas patologias podem provocar sintomas como vertigem e tonturas.

Depois de dois dias de exames e testes, os resultados foram negativos para labirintite, mas, mostraram que estranhamente meu cérebro parecia “olhar” para um lado, enquanto meu olhos olhavam para o outro. Com receio que esse descompasso pudesse ser indicio de um tumor ou algo assim, aquele doutor bonito, de especialidade de nome estranho, solicitou uma  ressonância magnética. Foram 24 horas assustadoras. Era enlouquecedor pensar que eu poderia está com algum tumor. Claro que muitas vezes depois da perda do meu Oliver desejei morrer, mas, ali diante de uma possível e real possibilidade, percebi que muitos dos meus desejos e vontades não eram reais. Eu não queria morrer.

Deus também não queria que eu morresse…não ainda. Os exames mostraram um cérebro saudável, apesar de imperfeito. Possivelmente os movimentos cerebrais estranhos encontrado nos meus primeiros exames, eram simplesmente traços de uma mente inquieta e hiperativa que tenho desde da minha infância.

Então, agora depois do lado neurológico checado, decidi visitar um endocrinologista, pois me chamava atenção o fato de mesmo não comendo, eu não perdia peso, continuava com o mesmo peso que eu tinha em 2011 quando os  meninos nasceram. A medica solicitou além de um hemograma completo, a checagem dos níveis da glicose, do colesterol, dos hormônios da tireóide  e vitaminas. Especialmente o da vitamina D.

Vitamina D. Achei!!!…Peguei você morte!!!…Encontrei sua raiz…A falta de vitamina D que tem como sua preciosa fonte o sol e que há muito não se encontrava comigo, por haver me tornado noite e preferi a escuridão, o isolamento e pobre alimentação, me fez adoecer. A ausência dessa luz do sol que atua no sistema nervoso, trazendo  bem-estar, melhorando  a disposição, havia me causando danos não só emocionais, com também a física.

  • Dificuldade para perder peso
  • Dores no corpo
  • Cansaço ao extremo
  • Falha na memoria
  • Tonturas
  • Fraqueza
  • Depressão

Embora seja chamada de vitamina, a substância é, na verdade, um pró-hormônio. Ou seja, dá origem a vários hormônios importantes para o corpo. É sintetizada a partir de uma fração do colesterol, transformada sob a ação dos raios ultravioleta B do sol. A deficiência ocorre quando os níveis de vitamina D estão abaixo do recomendado, quando há uma limitada exposição à luz solar, quando o rim não consegue converter vitamina D em sua forma de hormônio ativo, ou quando o organismo não consegue uma absorção suficiente no trato digestivo.

Niveis da Vitamina D no nosso organismo

  • Suficiência: > 30 ng/mL
  • Insuficiência: 30-20 ng/mL
  • Deficiência: < 20 ng/mL
  • Deficiência grave: < 5 ng/mL

Os meus exames mostraram que o meu nível de vitamina estava- 15ng/mL – o que é considerado deficiência. Devido ao  meu estilo de vida, não demoraria muito para que essa deficiência se tornasse  grave. Nos casos de manutenção, isto é ,quanto o nível de vitamina D está em quantidade suficiente no organismo, normalmente o indicado, além de alimentação saudável e exposição diária ao sol, são cápsulas  de 2000 unidades de vitamina D por dia. Mas, meu caso era uma emergência, pois a deficiência dessa vitamina era a única coisa que justificava os sintomas que eu vinha sentindo. Considerando isso minha medica  receitou que eu tomasse  uma vez por semana, durante 6 semanas, cápsulas de 50.000 unidades.

Uau…Santa medica…Antes de terminar a sexta cápsula, eu já tinha outro animo. Aquela sensação de cansaço, que me deixava as vezes o dia todo inerte, desapareceu. Assim com também as tonturas, dores no corpo e dores de cabeça frequente. Hoje tomando apenas unidades de 2000 para manutenção e mesmo  apesar da vitamina D não ter sido a  resposta e cura para todos os meus problemas posso afirmar meninas, que todas as minhas investidas para perder peso e me recuperar da depressão só começaram a fazer efeito alguns meses depois dos níveis da vitamina D estarem  equilibrado  dentro do meu organismo.

 E você,qual o nível da sua vitamina D ?

 

Leia na próxima pagina,alguns informações sobre vitamina D.

Cassia Cohen -Editora Chefe
Em 1º de abril de 2011 Cassia teve gêmeos,Christopher e Oliver.No dia 06 ,Oliver,o caçulinha faleceu devido a complicações de uma infecção intestinal(enterocolite necrosante ).Em 06 de abril de 2012,um ano depois da partida do seu filho,a revista eletrônica foi lançada. Cassia é Piauiense, mora na Flórida-EUA com seu marido,Stuie e seus filhos Vick e Chris.
http://mulheresferidasquevoam.com

One thought on “Quando a morte roubou minha vitamina D e a minha força pra viver

Oi Meninas...e então o que vocês acharam?...comentem

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