Eu tomei a decisão consciente de olhar para as coisas boas da vida.

Cindy com seu marido,seus filhos e gravida da sua filha Ashlynn que ela perdeu

 

Após a morte da minha filha, eu ficava rastejando pela  cama, puxava os cobertores,cobria  minha cabeça e dormia com a minha dor. Parte de mim queria que o mundo parasse. Mas eu tinha outros dois filhos pequenos para cuidar, e sabia que a opção não seria boa para eles ou para mim. No entanto, fiquei arrasado. Como eu poderia ir em frente? A vida não fazia sentido e eu não conseguia me concentrar. Eu lutei muito,mas, mesmo  as tarefas básicas  estavam fora de controle e voltar a vida parecia impossível. Eu não sabia como “consertar” a minha dor mas sentia a necessidade de “fazer” alguma coisa. Então, no meio do meu caos, eu tomei a decisão consciente de olhar para  as coisas boas da vida.

Eu não sei o que me levou a fazer isso ,talvez o fato de que eu tinha feito um estudo  Bíblico há vários meses antes da morte da minha filha, que nos encorajava a agradecer a Deus por algo todos os dias. Então com cada grama de energia que pude reunir, eu comecei a procurar por algo para agradecer a Deus.

 No primeiro dia, eu me esforcei para encontrar algo. Mesmo estando cercado por pessoas amorosas e que abençoava a minha vida de varias maneiras, o nevoeiro ainda era muito grosso. Enquanto eu refletia sobre o meu novo objetivo, olhei ao redor da sala e vir que eu estava rodeado por flores – de vários tipos, cores e aroma. E assim, eu agradecia a Deus pelas flores.

Continuei este ritual durante várias semanas até que finalmente, eu tinha uma lista longa e tangível para os quais eu era grata. Embora isso não tenha minimizado a dor da morte de minha filha, ela me deu uma nova perspectiva. Ela me ajudou a caminhar para a cura ao invés de recuar. Ela me ajudou a limpar meus pensamentos. Mas acima de tudo, me ajudou a começar a minha jornada de aprender a viver novamente.

 Eu queria ser inteira novamente – não esquecer a minha filha, mas viver com um propósito maior, que me faria  honrar a memória dela. Eu queria experimentar a vida plenamente, sem medo. Eu não queria dormir no  meu caminho pela vida. Eu queria estar presente e envolvida. Eu queria aproveitar meus outros filhos e dar-lhes o dom de uma mãe saudável – de corpo, mente e espírito. A viagem não foi fácil ou reta. No caminho encontrei montes , buracos e  curvas, e eu parei muitas vezes ao longo dessa caminhada. Mas, no final, cheguei ao topo, onde eu pode ver a beleza do nosso Criador. Eu poderia olhar para trás e ver o progresso que eu tinha feito enquanto aguardava a aventura e a plenitude da vida que eu tinha pela frente.

Hoje sei que durante toda a minha viajem, a memória da minha filha Ashlynn estará dentro de mim, me inspirando a abraçar o plano de Deus.

Agradeço a esperança que ele me deu e por Sua graça e misericórdia, Ele segurou e segura minha mão ao longo dessa caminhada.

Cindy Shufflebarger

Richmond, Virginia-USA

Cassia Cohen -Editora Chefe
Em 1º de abril de 2011 Cassia teve gêmeos,Christopher e Oliver.No dia 06 ,Oliver,o caçulinha faleceu devido a complicações de uma infecção intestinal(enterocolite necrosante ).Em 06 de abril de 2012,um ano depois da partida do seu filho,a revista eletrônica foi lançada. Cassia é Piauiense, mora na Flórida-EUA com seu marido,Stuie e seus filhos Vick e Chris.
http://mulheresferidasquevoam.com

Oi Meninas...e então o que vocês acharam?...comentem

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